Vacina contra COVID-19 para gestantes e lactantes
- carolinacorsini7
- 8 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
Gestantes e lactantes podem receber a vacina contra a COVID-19? Sim, podem. As vacinas disponíveis no Brasil (atualmente Coronavac e Astra Zeneca) são consideradas seguras. Não foram testadas em gestantes e lactantes, porém, os estudos realizados em animais não mostraram efeitos teratogênicos - são portanto consideradas categoria B (assim como a maioria dos medicamentos que as gestantes eventualmente fazem uso).
A recomendação atual da FEBRASGO (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) é: “Puérperas e lactantes podem tomar a vacina com segurança se forem convocadas para tanto. As gestantes, por seu turno, devem ser avaliadas sobre o risco de exposição e contágio, quando então, a decisão de vacinar ou não deve ser compartilhada entre o médico e a própria gestante com base no risco apurado.” Atualmente, no Brasil, dentre as mulheres em idade fértil, apenas as profissionais de saúde estão sendo convocadas para receber a vacina. É importante avaliar o risco individual, risco de exposição e o desejo da gestante de ser vacinada. Sendo assim, vou colocar alguns exemplos:
1 - enfermeira gestante de 16 semanas que trabalha em pronto-socorro: devido ao alto risco de exposição (risco de contrair a doença é maior do que o risco de um improvável efeito colateral da vacina), esta paciente deve ser encorajada a receber a vacina. 2 - médica ginecologista de 38 anos, obesa, portadora de diabetes tipo 2, gestante de 20 semanas: ela apresenta risco intermediário de exposição (não está na “linha de frente” mas atende pacientes diariamente) e apresenta maior risco de complicação da doença Covid (gestação + diabetes + obesidade): ela deve também ser encorajada a receber a vacina. 3 - enfermeira com 30 semanas de gestação, sem doenças, que trabalha no setor administrativo de um posto de saúde: esta paciente tem baixo risco de exposição e baixo risco de complicação e, portanto, caso não se sinta segura, não precisa ser “forçada” a ser vacinada. Mas se for convocada e quiser receber a vacina, não há porque não fazê-lo. É importante lembrarmos que a decisão final de receber ou não a vacina é da própria paciente.
Dra. Carolina Corsini Ginecologista e Obstetra CRM-SP: 109680




Comentários